Essências

Alimentando a Imunidade: Uma Troca de Informações

O encontro do Vibração Positiva com o médico-cirurgião Alberto Gonzalez foi surpreendente! Além de trazer informações preciosas sobre alimentação e fortalecimento do sistema imunológico, dr Alberto levou todos a viajarem no tempo, trazendo um pouco do conhecimento de Jesus e os essênios. Através das comunhões com os elementos de cada dia, presentes nas raízes da Árvore da Vida, o médico estabeleceu um impressionante paralelo entre esse modo de vida estabelecido por eles há dois mil anos, e a nossa qualidade de vida hoje. Os participantes puderam ainda experimentar um pouco do sentimento que envolvia a vida comunal dos essênios, realizando ali um gesto fraterno: repartiram o pão essênio e a água da vida, numa bela representação da eucaristia.

Na palestra de abertura, a Dra Vera Lúcia, gestora do projeto Vibração Positiva, falou sobre a importância do discernimento na hora de optar pelo nosso alimento e pelo tratamento que nos faz bem: “por que só posso usar uma categoria de medicamentos, se há um leque de outras opções terapêuticas que funcionam? É preciso questionar essa idéia de que as pessoas soropositivas são especiais”. E completou: “nossa saúde precisa de vários alicerces, como os pés de uma mesa. Que alimento eu ofereço para o meu corpo físico? E para a minha mente? Como eu tenho alimentado o meu coração, a minha alma? É preciso cuidar de todos os aspectos, pois somos um todo complexo”, afirmou.

Dr. Alberto iniciou sua palestra dizendo que os médicos, em todos os períodos da humanidade, sempre estiveram frente a desafios. “Houve um momento em que foram descobertos os germes, os antibióticos, uma série de terapias, de exames complementares, de progressos. Isso honra a ciência e a arte da Medicina, mas a Aids e as doenças degenerativas estão hoje em dia causando uma série de problemas de saúde em todos os países do mundo”, afirmou. Para ilustrar, ele contou a história de dois famosos médicos e professores franceses:

“O grande professor Pasteur, pelos idos do século XIX, descobriu que os germes poderiam ser “pasteurizados”, ou seja, isolados de um determinado germe se fossem submetidos à altíssima temperatura e depois resfriados rapidamente. O que ele desenvolveu denominou-se a teoria dos germes. No entanto, um outro profissional, o professor Claude Bernard sustentava a teoria do terreno biológico. Ele dizia que o germe não causa doença. Como vem sendo esclarecido hoje, a principal causa da doença é o desequilíbrio do terreno biológico, que é a terra que forma a nossa matéria, são as águas que correm nos riachinhos do nosso corpo. A terra é o fertilizante que existe dentro de nós. São as reações, os verões, os outonos e os invernos que ocorrem no nosso corpo. Todo o universo que ocorre dentro de nós, chamado de terreno biológico, se auto-equilibra, se auto-sustenta. Mesmo sustentando teorias opostas, Pasteur e Bernard se admiravam. Eram eméritos professores franceses e todos os congressos eram animados pelas acirradas discussões entre os dois, sem que nunca houvesse um vencedor. Porém, Pasteur usou o método cartesiano da ciência e conseguiu mostrar o germe e sua esterilização através dos métodos que isolavam o germe. Por isso, ganhou o Premio Nobel de Medicina e a teoria de Claude Bernard foi relegada. Quando Pasteur estava no seu leito de morte, já idoso, rodeado por seus assistentes, segurou a mão de um deles e disse: ‘eu quero dizer uma coisa a todos vocês. Claude Bernard está certo. O que causa as doenças não é o germe, é o terreno biológico’. E faleceu, levando consigo essa confissão que seus assistentes guardaram em segredo.”

Segundo Alberto, a Medicina hoje se vê de frente a um grande dilema: a cada dia surgem germes mais resistentes, novos vírus, bactérias, fungos, substâncias que alteram o DNA das células, e cada vez mais surge a necessidade de compreender o corpo como um grande mecanismo ecológico, de auto-regulação e auto-sustentabilidade. Uma rede intricada que produz a vida, a nossa presença aqui e agora, as formações, os crescimentos espirituais e mentais. “Tudo vem da mesma fonte de vida. O terreno biológico, que pode ser influenciado por fatores que vêm lá de cima, das estrelas, por fatores que vêm do vento, do pólen, da mudança da primavera para o verão, o outono, o inverno, do dia para a noite. Todos esses fatores, um por um, influenciam o terreno biológico que somos nós, as nossas células”, explicou.

Jesus e os essênios

Dr. Alberto contou um pouco sobre seu projeto, Oficina da Semente, onde desenvolve técnicas e habilidades culinárias para o preparo de alimentos orgânicos e crus, a partir do conceito de “alimento funcional”. E disse de quem recebe a maior ajuda: “eu acredito que esse trabalho vem recebendo auxilio por uma razão simples: eu conto com a ajuda de um grande cientista na caminhada desse trabalho. Um grande médico que trabalhou há 2000 anos: Jesus, o nazareno de cabelos e barba compridos, que vivia uma vida comunal no deserto da Palestina, deserto esse que era coberto de vida, de verde. Eles eram uma seita judaica que não aceitava a presença de ricos e pobres, de escravos, como havia em Jerusalém. Eles criaram uma sociedade formada por milhares de pessoas que viviam de maneira auto-sustentável no deserto. Não conheciam armas. A cada inimigo que surgia, eles apresentavam a outra face e diziam: ‘não venha nos combater, porque não temos nada para vocês levarem. Não temos ouro ou riqueza. Temos o trigo dourado pelo sol nos campos, adubados por nossas fezes e restos de alimentos, temos árvores frutíferas, criamos a vida para nossos filhos. Esse é o nosso patrimônio: o deserto, que era pura areia e hoje é um grande pomar’. Os soldados romanos ficavam pasmos e os julgavam miseráveis. Mas os essênios dominavam toda a Astronomia, todos os medicamentos. Conheciam profundamente a anatomia e fisiologia, Vestiam-se com vestes brancas e, onde quer que fossem, eram conhecidos como os terapeutas”.

O médico explicou que Jesus também era médico, com uma visão holística sobre a causa das doenças e a cura: “Ele chegava nas vilas e, sempre acompanhado de outros essênios, dizia-lhes: vocês estão assim porque vocês mesmos fizeram isso com vossos corpos. Esqueceram-se dos anjos do sol, dos anjos da água, voltaram as costas para os anjos da terra, para os anjos do ar, para a vida e para a alegria que regem a natureza. Por isso estão doentes. Vão. Tirem suas vestes, abram os braços para os anjos do sol e recebam a luz do sol todos os dias. Depois se banhem na água e bebam a água da vida. Retomem a aliança com a natureza. Comam do trigo, que é o pão vosso de cada dia. Tomai as sementes do campo que o sol dourou. Deixai as sementes para que os anjos da água as abençoem e elas germinem. E depois de germinadas no ar, que os anjos do ar abençoaram, amassem vossas sementes e façam o pão vosso de cada dia, que deverá ser aquecido apenas pelo deus do sol, que fez o trigo dourar nos campos”, contou Dr. Alberto, acrescentando que, no encontro daquele sábado, todos provaríamos do pão essênio: “esse pão que vocês têm aqui agora, e que vamos repartir num gesto de lembrança, em um gesto de recordação daquilo que nos já pudemos ter, está gravado no nosso DNA, na nossa genética. Um dia soubemos fazer e repartir esse pão”, concluiu.

Alberto afirmou que o pão essênio é vida, é trigo germinado puro. “Até DNA e ácidos nucléicos há nele. Está em perfeita atividade vital. Esse pão é como carne. Jesus repetia isso à exaustão para seus apóstolos: ‘não comam ovelhas. Sejam cordeiros de Deus’. Ele dizia, no sermão da montanha: ‘os mansos herdarão a Terra’. E quem são os mansos? São os vegetarianos, são os cordeiros. Não comam carne. Esse é o pão, que é como carne. A ciência está simplesmente comprovando as palavras de Jesus. Está comprovado que o trigo é a planta da terra cujo genoma mais se aproxima da carne humana, o tecido muscular que conserva o corpo humano. O pão dos essênios altera positivamente a mucosa do intestino delgado, liberando-o e tirando uma camada que impede a absorção dos nutrientes, regulando o intestino e todas as funções endócrinas relacionadas a ele, promovendo assim o bem-estar”, explicou.

As comunhões diárias e a árvore da vida

De acordo com Alberto, Jesus trouxe um ensinamento muito interessante: que acordássemos uma hora antes do sol nascer e fizéssemos a comunhão com o anjo de cada dia da semana. Os judeus já tinham, na Palestina, sete dias da semana e, em cada um deles, sua comunhão matinal. O médico explicou que, quando nos alinhamos com o elemento de cada dia, acontece algo diferente de uma oração comum, pois neste momento nos conectamos com Deus e com todos aqueles que, ao redor do mundo, estão fazendo a mesma comunhão.

O médico explicou que a Árvore da Vida dos essênios tem sete galhos que se projetam para o céu e sete raízes que profundamente adentram a terra. Neste trânsito está o homem. “Nós somos uma antena de transmissão das energias da terra para o Pai Celestial, então a árvore significa o ‘assim na terra como no céu’, significa que nós somos feitos desta matéria, do que está sendo absorvida pelas raízes. Somos idênticos a qualquer árvore: estamos absorvendo da terra os nutrientes, minerais, gorduras, proteínas, carboidratos, todos os nossos nutrientes. Mas, através do desenvolvimento da nossa consciência, poderemos atingir os galhos dessa árvore da vida, que nos projetam para o infinito num universo místico eterno, que é a nossa verdadeira viagem, para onde nós vamos”, afirmou.

Todos os galhos e raízes da Árvore da Vida têm um nome. A raiz mais profunda é a raiz da mãe terra, a ecologia, Gaia, o nosso planeta azul, coberto de nuvens, de água, geleiras, rios, oceanos, árvores, animais. A outra é a própria terra, a terra fértil, que dá origem às crianças que nascem dos úteros das mulheres, que traz a fertilidade das plantas, das sementes que nascem. As outras forças são a vida, a alegria, a luz do sol, o ar e a água.

O galho mais alto é o Pai Celestial, cujo momento de comunhão é a noite de sexta-feira. O galho seguinte é a vida eterna, que era profundamente estudada pelos essênios. Segundo Alberto, eles não se importavam em quanto tempo estariam encarnados nesta vida, porque sabiam que a continuidade era infinita. O outro galho é o do trabalho criativo, que permitia a eles trabalharem de uma forma alegre, com amor e dedicação, muito diferente das nossas regras de trabalho de hoje em dia. Trabalhavam comunalmente e refletiam nas colméias de abelhas, para entender como o homem poderia trabalhar de uma forma em que todos fizessem uma pequena parte e o resultado fosse muito grande. O outro anjo celestial é o da sabedoria, com quem os essênios comungavam. A seguir, vem o anjo do poder e, finalmente, da paz e do amor. “Quando pesquisamos essas 14 comunhões, trazidas por Jesus como anjos, nós percebemos detalhes que estão impregnados em vários ensinamentos da Igreja Católica”, afirmou Alberto.

A partir de então, dr Alberto passou a detalhar as comunhões com cada uma das raízes da Árvore da Vida, demonstrando o quanto esse ensinamento milenar contém informações valiosas para a nossa saúde ainda hoje.

Segunda-feira: Segundo Alberto, toda segunda-feira estaremos em contato com o anjo da vida, que é um dom que nos foi dado por merecimento, uma possibilidade de nos entendermos como seres e nos relacionarmos. “A comunhão com a vida nos traz uma noção muito importante: nós viemos da vida, vivemos na vida e voltaremos para ela, e somente a vida pode alimentar a vida. A morte não alimenta a vida. Nós precisamos desfazer o pacto que fizemos com a morte e refazer o pacto com a vida. Fazemos isso nos alimentando de alimentos vivos. "Esta verdura que eu trouxe para vocês está amadurecida pelo sol do Rio de Janeiro, pela lua em seu quarto minguante. Eu a colhi na minha horta, onde recebo a vida que há nela, onde vejo as joaninhas passeando pelas folhas, levo minhas crianças para passear e ver como funcionam os mecanismos que geram a vida. O lixo que sai da Oficina da Semente vira terra, que alimenta as plantas, que são alimentadas pela luz do sol. Isso é a vida. Então, a despeito de todo o conhecimento moderno, que praticamente nos obriga a comer carne, a comer alimentos desvitalizados, industrializados, contendo agrotóxicos e produtos químicos, contendo informação de morte, eu venho sustentando a teoria do terreno biológico. Cuido daquela horta como cuido de cada pessoa que me procura. Não vou usar um pesticida para combater um germe que você possua. Procurarei estabelecer conexões para que você mesmo possa criar sustentação biológica, para que você possa resistir melhor. Obviamente que, se alguma coisa está deteriorando muito as plantas, teremos que fazer uma intervenção periodicamente, como limpar o canteiro, fechá-lo, tomar medidas. Mas a vida só pode trazer a vida e a morte só pode trazer a morte. É impossível que nós criemos vida a partir da morte”, afirmou.

Alberto explicou que, quando entramos em um supermercado ou uma loja de conveniência e caminhamos entre as prateleiras, só vemos coisas mortas: enlatados, empacotados, hidrogenados. “Essas coisas, além de não nos alimentarem, ainda sabotam o nosso sistema. Quando comemos uma gordura hidrogenada, por exemplo, ela modifica a membrana celular de todas as nossas células, alterando a função delas. Pensemos num linfócito T, que é uma célula de defesa, cheia de gordura hidrogenada em sua membrana. Vocês acham que essa célula vai ter um funcionamento igual a uma célula de defesa cheia de gordura natural e sadia? Obviamente que não. Então, é dessa maneira que a vida trabalha: quanto mais nós nos alimentamos de alimentos vivos, crus, orgânicos, vegetais, mais estaremos abastecendo nossas células de vida. Alimentar-se de alimentos vivos é igual a alimentar a imunidade”.

Segundo Alberto, a medicina até pouco tempo dizia que enzimas não eram absorvidas pelo tubo digestivo, que eram macromoléculas degradadas e só depois absorvidas. “Mas está comprovado hoje que as células imunes do intestino humano, em boas condições de absorção, são capazes de pegar dentro do tubo digestivo uma substância na íntegra, selecioná-la e jogá-la para dentro do sangue. E faz isso com uma habilidade notável. Você pode jogar 10 mil ingredientes no organismo, mas a célula do intestino vai selecionar aquela substância necessária, enviá-la imediatamente para o sistema imune, e aquela enzima passará a trabalhar imediatamente. Isso é alimentar a imunidade”.

Terça-feira: É a comunhão com anjo da alegria. Segundo Alberto, a comunhão diz o seguinte: “eu sou grato ao Senhor por ter enviado o anjo da alegria à Terra, que dá a beleza aos homens”. O médico diz que uma comunidade que sorri é bela. A alegria interior embeleza o homem. Essa mesma comunhão diz o seguinte: “eu cantarei por toda a minha vida ao Senhor. Eu cantarei as belezas que eu vejo ao redor de mim. A flor que se abre, a chuva que cai, o canto alegre das montanhas e dos riachos”. De acordo com Alberto, isso tem uma profunda interpretação científica: “a comunhão com o anjo da alegria se dá também pelo que a gente ingere”, afirmou.

“Quando eu tinha 10 anos de idade, levava lavagem para o Moleque, um porco enorme que havia no sítio do meu pai. Um dia, vi o Constâncio, nosso assistente de trabalho, puxando o Moleque pela orelha. O Moleque gritava, e eu, menino, olhava aquele caldeirão de água fervendo, aquelas facas afiadas. O Moleque tomou uma marretada no meio da testa. Desacordou, todo mundo o jogou em cima da bancada, enfiaram uma faca no pescoço dele. O sangue jorrava e o Moleque virou comida. Eu me lembro daquela dor, do Moleque sendo puxado pela orelha, levado para um altar de sacrifícios desnecessário. É impossível ter alegria se alimentando dessa dor”, disse Alberto.

O médico explicou que a indústria maquia a dor e o sofrimento do animal com plástico, transforma aquilo num alimento bonito. Porém, dor e sofrimento maquiado não se mantém belo nem por três horas. “Se você deixar uma carne fora da geladeira por horas, como eu deixei essa alface que colhi hoje cedo e ainda está viçosa e cheirosa, já estaria podre. Para conservar a carne, é necessário usar uma série de aditivos químicos, e aí está o perigo”.

Alberto disse que um dos maiores tabus acerca do vegetarianismo caiu por terra através de um estudo feito por uma revista científica de alta credibilidade, segundo o qual os onívoros têm mais anemia do que os vegetarianos, inclusive os vegetarianos que comem mal.

“A história do boi envolve uma série de interesses financeiros de grupos específicos, que mantêm latifúndios e justificam suas grandes extensões de terra pela pecuária extensiva, que está cedendo lugar a uma pecuária de bois alimentados com fezes e restos de ossos de animais. Bois que, de vegetarianos, tornaram-se carnívoros e, por isso, desenvolveram a doença da vaca louca. Ou de aves cujos bicos são serrados para não haver canibalismo dentro das jaulas minúsculas onde vivem sua curta vida, sem poder abrir as asas ou tomar sol, se alimentando de uma ração artificial que está desenvolvendo a gripe aviária, que vai se tornar uma epidemia nunca antes concebida na Terra. Eles usam tantas drogas para amadurecerem rapidamente o frango que, segundo dizem, se o animal alcançar quatro meses de vida, desenvolve câncer. Portanto, o alimento de origem animal é conduzido por estímulos que eu considero de uma força negativa e não são bons para a evolução espiritual do homem na Terra, pois não alimentam o espírito e nem alimentam a matéria do homem, o que vem conduzindo todo o planeta a um estado de degradação. É desnecessário, desatualizado, anti-higiênico e, como diz o Paul McCartney, se as paredes dos matadouros fossem de vidro, ninguém comeria carne. O que acontece lá dentro é de uma crueldade que vocês não conseguem imaginar. Vocês compram carne embalada no supermercado, mas não sabem quantos antibióticos e corticóides estão presentes nessa carne, que deixa as meninas sexualizadas aos 10 anos de idade”, afirmou Alberto.

De acordo com Alberto, outro alimento que acaba com a alegria é o açúcar, que altera o sistema inflamatório. “Todos sabemos o quanto dói uma pisada numa unha encravada. Quando alguém diz que está com a gota, significa que está com inflamação nas juntas e, onde há inflamação, não há como haver felicidade, pois ela causa muita irritação”.

Portanto, segundo o médico, o nosso alimento deve ser alegre. Devemos ter uma mesa colorida, cheia de vida e alegria, sem que nada tenha sido sacrificado com dor para estar nela. “Esses grãos que estão aqui germinados, como o inhame, grão de bico e trigo, compõem uma refeição completa, com cereal e leguminosa. O aminoácido que não há em um, há no outro. É como comer arroz integral e feijão, que são respectivamente cereal e leguminosa: unindo os dois, você obterá todos os aminoácidos que precisa, sem a necessidade de carne”, concluiu.

Quarta-feira: Na quarta, lembramos da força da luz do sol. “Precisamos de 20 minutos diários de exposição ao sol, pois este é o tempo em que todo o nosso volume de cinco litros de sangue passa pelas nossas retinas. Na retina, as moléculas presentes dentro do sangue recebem diretamente o raio solar que, desde que nasce e até o momento de se por, passa por todas as sete cores do arco-íris. E, num país tropical como o nosso, cheio de sol, trabalhamos debaixo dessa luz néon, que não é capaz de modificar nenhuma molécula que passe pela retina”. O médico afirmou que, pelo pouco que se conhece dessa ação da passagem do sol pelos vasos sanguíneos da retina, nota-se que uma série de enzimas e moléculas ativadas diretamente pela luz solar, que também é captada pela pele. “A luz do sol é uma energia muito especial e um alimento completo. Na Oficina da Semente, aprendemos a usar a luz do sol para nós mesmos e também para preparar os alimentos”.

Quinta-feira é o dia da comunhão com os anjos da água. Para falar sobre a água, Alberto iniciou afirmando que álcool é um veneno: “se algum de vocês receber um convite para tomar um copinho de alguma coisa de vez em quando, caiam fora, pois isso é furada. Segundo a Medicina Ortomolecular, o álcool tira da célula todas as vitaminas do complexo B, A e C e todos os complexos vitamínicos são alterados”.

Segundo Alberto, Jesus, que não bebia vinho e sim mosto de uva, dizia para os apóstolos o que a ciência diz hoje: ‘Tomem dessa polpa de uva, pois essa é a água da vida. Essa água nos restaura a aliança com os anjos. Tomem e bebam dessa água e não conhecerão doença, pois grandes são os poderes dos anjos da água.’ “E eu digo para vocês: não bebam água mineral, perrier ou água de filtro. Comecem a conhecer a água da vida. Eu trouxe para vocês água de coco, maçã, salsa, alface, que bateremos no liquidificador. Essa água da vida se dirige a todas as partes do nosso corpo e nos traz a cura. A água a que Jesus se referia, e que a ciência conhece hoje como água estruturada, é coloidal, ou seja, o ângulo da molécula de H2O permite que as possibilidades de ligação com proteínas e substâncias minerais seja gigantesca. Ela adquire a consistência de um plasma, muito semelhante à do sangue. Quando Jesus dizia para beberem esse mosto de uva, é porque ele é como o sangue. Na antiguidade, havia o mito de que, quando se estava doente, se deveria beber o sangue dos animais sacrificados. Os essênios diziam o contrário, que a água que cura é a água da vida, a uva que eles tinham em suas lavouras. Eles aplicavam técnicas impressionantes de agronomia e tinham uma produção gigantesca, armazenadas em frascos de barro. Bebiam essa água e a abençoavam, lembrando que aquela água deveria ser reorganizada energeticamente. Hoje há experimentos que mostram que, se você tiver um pensamento destrutivo ao lado da água, a mudança de conformação química dela é completa, ao mesmo tempo em que, se tiver um pensamento de harmonia e paz ao lado dela, a formação será completamente diferente”, afirmou.

Sexta-feira: É o dia do anjo do ar. Dr. Alberto explicou que Jesus e os essênios sabiam tudo sobre ar e todos os tipos de respiração que existem no Ayurveda. Não apenas sabiam, como passavam a manha inteira de Sexta-feira respirando, preparando o corpo e a mente, pois a noite de sexta-feira era o momento da comunhão com o pai celestial.

Porém, afirmou Alberto, o ar tem um mistério. A molécula do oxigênio, que faz com que a Terra seja azul, pode causar graves danos ao nosso organismo, através da oxidação. “se nos distrairmos com o que comemos, enferrujamos. As baterias de lipoperoxidases que estão localizadas dentro dos linfócitos imunes, que exercem atividade poderosa na imunidade celular, podem ser comprometidas por oxigênio mal inalado e por uma perda de defesa anti-oxidante, devido novamente a essa alimentação industrializada. O sistema oxidativo é tudo na nossa vida, pois gera o bloco de energia do ATP, que é toda a energia que sustenta o nosso corpo. E, ao mesmo tempo, o sistema oxidativo é o principal agente imune, é o oxigênio, que é usado como alimento e como uma arma. A célula bem equilibrada é capaz de ter munição de oxigênio. No momento em que ela encontra uma célula que contem um vírus, joga uma carga enorme de lipoperoxidases e simplesmente destrói aquela célula junto com o vírus. Essa é a atividade do linfócito T killer (matador). Portanto, se soubermos respirar adequadamente e usarmos junto com a respiração os antioxidantes contidos no alimento vivo, orgânico e cru, teremos uma defesa singular”, afirmou.

O médico explicou ainda que essa mesma substância que é oxidante é também capaz de desintoxicar a nossa célula. “Eu não discordo de nenhum medicamento utilizado pela Medicina contemporânea, mas uma droga de alto efeito, embora seja eficiente em um aspecto, deixa uma série de toxinas nas nossas células. E quem limpa essas toxinas é o poder antioxidante que, como a água da vida, tem um imenso poder de penetração na membrana celular e começa a ser absorvida já a partir da boca, porque tem uma baixa tensão superficial. Novamente a ciência comprova aquilo que Jesus dizia há 2000 anos.

Segundo Alberto, na alopatia há um único princípio ativo que atua sobre um único receptor. Isso determina, na membrana celular, um determinado efeito dentro das células. “Esse é o estudo da Medicina alopática, que não aceita a Medicina Ayurvédica, pois os protocolos científicos que as indústrias farmacêuticas produzem na medicina alopática geram algo chamado patente, que gera capital. Na Medicina Ayurvédica, são milhares de princípios ativos atuando sinergicamente para promover a ativação de milhares de receptores celulares, daí a dificuldade de protocolar cientificamente as substâncias naturais. Agora, no entanto, há 20 universidades americanas rompendo com a indústria farmacêutica e trabalhando diretamente com a Medicina integrativa. Estão analisando esses resultados, de forma extremamente científica, pela quantidade de linfócitos e macrófagos ativos e células CD4. Ao medirem esses indicadores, podem comprovar o aumento altamente significativo da imunidade. Esses protocolos não geram patente e nem renda, mas geram cura por métodos naturais e acessíveis a todos”, afirmou.

Sábado: É o dia de comunhão com a mãe terra, que podemos chamar também de Ecologia. “Jesus diz: ‘o ar que respiramos é o hálito da mãe terra. O sangue que corre em nossas veias são os riachos, as chuvas, as nuvens que estão ao redor da nossa terra. Os minerais que fazem os nossos ossos são os mesmos que fazem as pedras que estão na terra. Os olhos, os ouvidos, os músculos e as vísceras são os olhos, os ouvidos, os músculos e as vísceras da Terra’. A Ecologia está dentro de nós. Este é um momento em que devemos lembrar que nós somos a própria ecologia e devemos gerar vida”, afirmou Alberto.

“Vocês têm essa tarja, disseram que vocês têm alguma coisa, enquanto a humanidade inteira está padecendo da mesma situação. Todos passam pelo mesmo processo, de má absorção intestinal. Ninguém absorve os nutrientes que deveria absorver. Não reconhecemos que temos mais bactérias no nosso intestino do que células em todo nosso corpo. Novamente, o cientista Jesus tinha razão. Nessa comunhão, nós nos aproximamos de toda a força que existe na Ecologia e tudo que está ao nosso redor. E Ele diz que tudo que está fora é o que está dentro, assim como tudo que está no alto, está embaixo. Então, se tivermos bactérias que foram alimentadas por produtos industrializados – sorvete, açúcar, amidos –, teremos em nosso intestino um viveiro de serpentes venenosas, que produzem toxinas e debilitam não apenas nosso sistema imune, como todo o nosso sistema. Portanto, não é nenhuma blasfêmia dizer: alimentem-se das bactérias da Terra. As plantas surgiram na Terra 20 milhões de anos antes do homem. Essas plantas foram absolutamente selecionadas uma a uma para entrarem em perfeita simbiose com o tubo digestivo e gerarem uma série de bactérias perfeitas para nosso tubo digestivo. A ciência afirma que essas bactérias produzem o interferon, o maior agente antiviral do próprio corpo. As bactérias intestinais são capazes de produzir uma série de substâncias imunes. A beta-galactosidase, por exemplo, é uma enzima produzida apenas por bactérias intestinais. Essa enzima participa de quase todos os mecanismos metabólicos dentro da célula. É responsável pela estruturação do sistema imune, endócrino e nervoso. Isso dá o que pensar”, afirmou Alberto.

Domingo: O último anjo é o anjo da terra. Segundo Alberto, o domingo de manhã é uma boa ocasião para colocarmos as mãos e os pés na terra. “A comunhão com a terra diz, no final dela, ‘que o útero das mulheres possa ser fertilizado pela força da terra, para que o nosso planeta nunca deixe de ter o sorriso das crianças’. A terra simboliza a fertilidade, é tudo aquilo que é capaz de nos trazer vida. E logo depois da comunhão com a terra, volta, na segunda-feira, a comunhão com a vida. O ciclo se repete para que a gente continue construindo o nosso caminho”, afirmou.

De acordo com o médico, a comunhão com a terra é muito importante porque envolve também a sexualidade. “O controle da energia sexual é um dos maiores agentes imunes de que se tem conhecimento. Ter uma vida sexual moderada é altamente fortificante para o sistema imune. Se causa surpresa essa informação, nós também temos uma série de comprovações científicas para isso. E a Medicina Ayurvédica também traz esse conceito. Dentro da Medicina Ayurvédica, o sêmen do homem é o último tecido a ser formado, pois é o que mais condensa energia. Os essênios sabiam disso, pois viviam amontoados, cada homem com sua mulher, e o mandamento de ‘não cobiçar a mulher do próximo’ era muito fácil de ser cumprido. No dia da comunhão com a terra, eles sabiam trabalhar a energia sexual junto com ela, transformando a energia sexual dos seus próprios corpos com a fertilidade da terra. A cada sete dias, há sete raízes e sete pontos do chakra, e o chakra da terra corresponde à energia da kundalini. Uma comunidade que consegue controlar sua energia sexual, ter uma sexualidade regrada, companheiro com companheira e, se forem homossexuais, companheiro com companheiro, com uma relação estável, estará alimentando sua imunidade. Acreditem ou não, essas informações milenares estão publicadas na Universidade de Oxford um dos maiores centros acadêmicos de que se tem conhecimento”, afirmou Alberto.

“Novamente eu volto ao vegetarianismo. A Igreja Católica não consumia carne, até o momento em que a economia da própria Igreja viu como necessário que suas grandes propriedades de terra produzissem gado. Então, pelo Conselho Ecumênico de 1965, a carne foi liberada. Alguém consegue estabelecer uma relação disso com os hábitos de desvio sexual observados no clero hoje em dia que causam escândalo ao redor do mundo? Isso tem a ver com o consumo de carne. Quando mantemos uma dieta vegetariana, ela atiça menos a sexualidade. Isso não é ruim, pois nos prepara para um segundo grau de sexualidade: mais serena, direcionada para uma pessoa pela qual nutramos amor e com quem o ato sexual seja mais proveitoso para os dois lados”, explicou.

Alberto concluiu a explanação sobre a comunhão com a terra lembrando que as clínicas de fertilidade estão lotadas hoje em dia. “Diz-se que aproximadamente 25% dos estudantes universitários americanos são estéreis e precisam de tratamento para ter filhos, com técnicas de alta tecnologia. Portanto, essa comunhão com o anjo da terra é muito importante”.

O médico explicou que nenhuma das comunhões é dispensável. Todas devem ser feitas diariamente, repetidas semanalmente: “e, conforme diz a primeira comunhão dos essênios, aquela comunhão que é somente dita com a boca é como a colméia vazia que as abelhas abandonaram porque não produz mais mel. As comunhões devem ser vividas, e este é o resumo do nosso trabalho na Oficina da Semente”, afirmou.

Durante o encontro, os participantes se alimentaram com o pão essênio e a água da vida. Em um emocionante momento de confraternização, o pão foi repartido, passando de mão em mão, até que todos tivessem se alimentado. Dr. Alberto afirmou: “esse gesto tem poder. Vai muito além do que a gente pode imaginar. O que faremos aqui agora é uma eucaristia. Eu digo para vocês: tomem esse pão que foi feito do trigo, pois ele vos alimentará como carne. Bebam água da vida, que é água estruturada, das plantas, e é como sangue. Felizes os convidados para a ceia do senhor! Que possamos comer os alimentos como Deus nos oferece, para que tenhamos vida longa sobre a Terra, pois isto é agradável aos olhos do Senhor”.

Ao final de sua palestra, Dr Alberto reafirmou que alimentar a imunidade não se reduz apenas a usar babosa, ervas ou plantas milagrosas vendidas num frasquinho. “Entendam que a reestruturação do sistema imune, de todo o sistema celular do nosso corpo, passa através da alimentação de cada um dos itens que eu trouxe para vocês hoje: vida, alegria, luz do sol, água, ar, mãe terra/ecologia e terra. Sete alimentos físicos, materiais e terrenos que permitem que nós busquemos a nossa saúde através deles. Faltam sete alimentos mentais, metafísicos, esotéricos e espirituais. É um trabalho igualmente poderoso, que eu espero dividir com vocês em breve”, concluiu.

E os colegas do Vibração Positiva, que ficaram embevecidos com as informações tão profundas e importantes que receberam, juntamente com as verduras orgânicas plantadas na Oficina da Semente e presenteadas pelo Dr. Alberto, certamente esperam receber esses outros alimentos em muito breve!